Wednesday, February 15, 2023

CATARINA OU A BELEZA DE MATAR FASCISTAS

"CATARINA OU A BELEZA DE MATAR FASCISTAS", peça teatral escrita e encenada por Tiago Rodrigues, qual "diretor" do Teatro D.Maria II, "premiada" e "contemplada" pelas entidades superiores e governamentais, vista a admirada aqui e ali, até mesmo em Paris, é no mínimo irrisória. A família mata fascistas e um deles, raptado de propósito para o efeito, para a menina matar, fuzilar (à fascista), gera o conflito familiar porque se recusa a fazê-lo, não consegue disparar. Os pais questionam-se, estão preocupados sobre a verdadeiro método da sua educação, até que, finalmente, para seu alívio, a menina "despacha" o primeiro, páz!...talvez com um tiro na cabeça, tornando-se uma criminosa precoce, para seu grande alívio e conforto. Que espetáculo! Que peça admirável! Vejam só isto! O público aplaude? Levanta-se para nova ovação? Talvez. Fascistas, comunistas, franquistas, salazaristas, socialistas e até cavaquistas crescem ao longo do tempo, como "ervas daninhas" que precisam de nova "foiçada" mesmo funda e pela raiz. O que me faz questionar e até inquietar é esta ideia de acharem que "está certo" educar para matar, acharem que uma menina de tenra idade já terá no sangue essa veia assassina e a noção ideológica do que é o fascismo. Já vi a "Abelha Maia" passar por tal na Alemanha, acusada "apregoar" às criancinhas a tal ideologia "militar" e "corporativa" da colmeia, censurada de "tudo pelo Estado, nada contra o Estado". Afinal é só uma série de animação, de sucesso estrondoso e universal, inesquecível (já fez 100 anos). O que a abelhinha, irreverente, quer é ser livre, conhecer o mundo, novas coisas, novos modos de vida, novos bichos e amigos e até a vida dos humanos. Nem a essa, de "ferrão" sempre apontado a quem a impeça de ajudar o próximo, passa sequer pela ideia poder matar alguém. É do bem, da paz, não alinha em políticas e ideologias tão criminosas e preconceituosas como as demais. Quanto à menina de Tiago Rodrigues, está "desculpada", não a censuro assim tão pequenina. Quando "crescer" há-de ver, há-de compreender que não tem culpa de ter assim um "pai" artístico tão imbecil e tão idiota, mesmo que o promovam e coloquem à frente de certos lugares que deveriam ser abertos a todos, independentemente da sua cor política, clubística, orientação sexual, religiosa, etc.

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