CANTIGAS DA MINHA GENTE

Quando estava longe de casa, no Porto, e tinha um caderninho onde apontava coisas que me lembrava. Era o meu "guião de bordo" que me ajudou a suportar experiências menos positivas da vida. Vinha pela serra, pelas "voltinhas do Marão", tantas vezes assustado pelo escuro e a desconfiança nas capacidades desses veículos velhos e cair de podres, mas bons de motor e que também me inspiraram a seguir em frente. Há dias andei a ver, a recordar essas cantigas dos dias difíceis que, afinal, já consigo encarar, e com dois acordes de fado algumas até soam bem, são mesmo fados que fazia sobre as pessoas dali, que eu conhecia, que eram da minha terra e amava como ninguém.

Todas as re